O Programa UC Pernambuco, uma iniciativa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas/PE), ganha mais um reforço na construção desse que é considerado o maior conjunto de estudos ambientais já realizados no estado de Pernambuco. A Associação Plantas do Nordeste (APNE) participou, na manhã desta quinta-feira (14), da primeira reunião de trabalho para a definição das metas que deve cumprir nos próximos meses. O encontro aconteceu na sede do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), organização contratada para executar o programa.
A APNE ficará responsável pelo levantamento de diagnósticos socioambientais, elaboração de planos de manejo e abordagens sobre conselhos gestores, além da indicação de oportunidades de corredores ecológicos em sete RVS (Refúgio da Vida Silvestre), distribuídos em dois agrupamentos: Sistema Gurjaú e Mata Norte. O primeiro abriga as Matas do Bom Jardim, Engenho Salgadinho, Caraúna e o Contra Açude, localizadas nos municípios de Moreno, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes. Já o agrupamento Mata Norte, acolhe as Matas do Siriji e de Água Azul, inseridas dentro dos municípios de São Vicente Férrer, Timbaúba, Vicência e Macaparana.
APNE – A Associação Plantas do Nordeste é uma entidade não-governamental, sem fins lucrativos, que atua, desde 1994, na área de pesquisa e uso sustentável da vegetação natural do Nordeste. Entre outros, um dos objetivos da APNE é aumentar o conhecimento e compreensão das plantas nativas do Nordeste para permitir melhor gestão do meio ambiente, visando a sua conservação e ao uso sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.
PROGRAMA – O Programa UC Pernambuco é uma iniciativa do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS). A iniciativa recebe investimentos na ordem de R$ 4,7 milhões, recursos provenientes da compensação ambiental arrecadados pela CPRH. O objetivo é a promoção de soluções integrados no que diz respeito à gestão ambiental de Unidades de Conservação estaduais. Ele prevê a elaboração e revisão de Diagnósticos Socioambientais Participativos, Planos de Manejo e implantação de Conselhos Gestores, além da indicação de oportunidades de criação de Corredores Ecológicos. Ao todo, serão contempladas 47 UCs, distribuídas por 35 municípios, localizadas em áreas dos biomas Caatinga e Mata Atlântica e ecossistemas associados, que estão divididas em agrupamentos para execução do programa.